Descrente de que o governo reúna os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência até o final de fevereiro, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já prepara o discurso em que anunciará o engavetamento da matéria, segundo apurou o jornal Estadão.
Para evitar que o ônus do anúncio recaia sobre o Congresso Nacional e, muito menos, sobre ele, Maia deve responsabilizar o Palácio do Planalto por não ter obtido apoio suficiente à proposta. Deve dizer, ainda, que não vale a pena colocar a matéria em votação para ser derrotada.
Nos bastidores, outras lideranças partidárias também dão como certo de que a proposta será engavetada. A maioria suspendeu as articulações em torno da reforma da Previdência durante o período carnavalesco. Só devem retomar as conversas a partir deste domingo. Sem o placar mínimo de votos para aprovação, a expectativa é de que o início da discussão em plenário, antes previsto para esta segunda, 19, seja mais uma vez adiado.
COBAP PERMANECE EM ALERTA
Mesmo com o aparente fracasso do governo, a COBAP manterá suas atividades e protestos contra a reforma da previdência.
"Ainda é cedo para comemorar. Os políticos são ardilosos e não podemos confiar. Estaremos em plantão todos os dias em Brasília. A pressão e fiscalização rigorosa sobre os deputados não pode parar", alertou o presidente Warley Martins.
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