O presidente Michel Temer anunciou, na última sexta-feira (11), que, após as eleições de outubro, vai convocar seu sucessor para tentarem aprovar a reforma da Previdência ainda este ano. De acordo com Temer “ainda dá tempo de aprovar a reforma em outubro, novembro ou dezembro” e isso livraria o peso dessa responsabilidade para o próximo governo.
Reprovada por quase 70% da população, de acordo com pesquisa feita pela MindMiners no final do ano passado, essa reforma só interessa aos banqueiros. Em outubro do ano passado, a CPI da Previdência, instalada no Senado Federal por iniciativa da COBAP e entidades sociais em parceria com o senador Paulo Paim, comprovou que não há déficit, mas má gestão e corrupção na Previdência.
O presidente afirmou ainda estar disposto a suspender a Intervenção Federal no Rio de Janeiro, que impede a aprovação de emendas constitucionais, antes do previsto (31 de dezembro), caso haja acordo nesse sentido.
Para o presidente da COBAP, Warley Martins, a sociedade deve permanecer mobilizada e atuante junto aos deputados de seus estados. “Mesmo com a intervenção, mantivemos nossas mobilizações nacionais para mostrar aos deputados que estamos atentos. Deputados a favor da reforma, não serão perdoados nas urnas e cobraremos esse compromisso de não votarem a reforma de Temer após as eleições”, afirmou Warley.
“É fundamental esse contato direto com os deputados, nos gabinetes, nos seus estados, através de cartas, e-mails, ligações, diariamente. Não vamos aceitar a reforma da Previdência proposta por Temer e nenhuma outra sem um amplo debate com a população. Estamos armados e conscientes com a cartilha da CPI da Previdência, que contém informações diretas dos maiores especialistas do assunto”, ressaltou o presidente da COBAP.
Fonte:Cobap
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