Foram necessários 92 longos anos para que a Previdência Pública do Brasil fosse submetida a uma investigação rigorosa. O que era utopia agora é realidade! A Comissão Parlamentar de Inquérito está oficialmente instalada, com assinaturas de 63 senadores da República (75% de apoio da casa).
Essa façanha inédita é fruto do trabalho da COBAP, de suas federações, associações de base e da forte pressão de todos seus associados espalhados por todo o território nacional.
A ideia de criar uma CPI na Previdência Social saiu da cabeça do presidente Warley Martins, que cansou de ler e ouvir as mentiras do governo repetidas pela imprensa sobre o falso déficit previdenciário.
Warley arregaçou as mangas e foi em busca da verdade, sugerindo ao companheiro de tantas batalhas, o senador Paulo Paim, que encabeçasse a coleta de assinaturas para abertura da investigação sobre a administração do maior patrimônio público construído com sangue, suor e lágrimas de gerações de trabalhadores brasileiros.
Paim fez bonito e trabalhou forte nos bastidores, enquanto a COBAP fazia sua parte arregimentando mais aliados, trazendo outras entidades e divulgando pesado a proposta da CPI nas redes sociais.
Valeu a pena o sacrifício coletivo, pois na tarde desta terça-feira, 21 de março, centenas de lideranças de trabalhadores e aposentados marcharam nos corredores do Congresso Nacional, gritando palavras de ordem e bateram na porta da Secretaria Geral do Senado para protocolizar o pedido urgente da abertura da CPI, que já começa a vigorar, doa a quem doer. MISSÃO CUMPRIDA!
A ESTRUTURA INTERNA DA CPI
Além dos sete membros titulares, a CPI terá cinco suplentes. O prazo de funcionamento da comissão é de 120 dias, prorrogável por mais 120. Ela terá uma dotação orçamentária de até R$ 100 mil para custear suas despesas.
Os líderes partidários já podem indicar seus representantes na CPI. No entanto, eles não têm prazo definido para fazê-lo. O presidente do Senado, Eunício Oliveira, pode, a seu critério, indicar os nomes caso entenda que há demora excessiva. Uma vez nomeados todos os membros, a comissão poderá ser instalada. Também não há prazo para isso.
ABRINDO A CAIXA PRETA
Warley e Paim querem verificar as dívidas de grandes empresas com a Previdência, a sonegação e a concessão de anistias, desonerações e desvinculações tributárias que teriam provocado o desabastecimento do caixa do setor nos últimos anos. O foco da CPI será não apenas sobre os valores que deixaram de ser aplicados, mas também sobre quem se beneficiou com isso.
"Agora o bicho vai pegar. Vamos marcar em cima e provar que nunca houve déficit e sim roubo", declarou Warley.
Nenhum comentário:
Postar um comentário